segunda-feira, 23 de junho de 2008

EU FUI!

Lá fui ver a bomba da Baía numa noite fria, posso mesmo dizer que fui de manga curta mas bati o dente, estava mesmo frio, confesso que quando entrei no carro liguei o aquecimento um pouquito no quente. (não sei se sou eu que me estou a tornar Angolano, por favor se me virem de kispo com 28º é porque sou um caso perdido)

Aconteceram vários fenómenos para variar:

O convite que eu tinha dizia Estádio dos Coqueiros, com esquema de bancadas, esquema de portas e entradas, os outdoors também, os cartazes também. Combinei com a pessoa que me ofereceu o convite encontrar-me à porta com ela, pois ela ia estar a trabalhar e a controlar os acessos no estádio. Saí de casa por volta das 20h, dei-lhe um toque a perguntar como estava tudo e se havia muita confusão, ela disse que estava tudo ok. Dirigi-me ao estádio que é perto de minha casa, havia pouco trânsito, estacionei pertinho da porta, estranhei, mas ok... fantástico!

Perguntei:

- Moço, pode dizer onde fica a porta 4, para entrar aí no concerto?

Ele respondeu.

- Xiiiii, éué!!! O concerto não é aqui não, é no Estádio da Cidadela...!

- Mas aqui no bilhete diz Coqueiros.

- Meu kamba não leu jornal, lá dizia que mudaram de sitio, xiiii? Vai ter que correr pra chegar a tempo!

- Obrigado kamba.

Lá fui eu, entrei no carro, dirigi-me há outra ponta da cidade, como é óbvio enfrentei o trânsito caótico como toda a gente que se dirigia para o mesmo sítio, mesmo assim, só demorei 40 minutos.
Cheguei, fila enorme para estacionar no parque, decidi deixar o carro cá fora. Entrei encontrei a minha conection, como não conhecia mais ninguém e como ela estava a trabalhar, entrou comigo e apresentou-me dois amigos que trabalham no sector da aviação e estavam cá de férias uma semanita.

Como não era bem o nosso género de música, estivemos por ali na relva mas um pouco mais afastados. A Ivete é sem dúvida uma excelente performer, para além de ser provocadora q.b., dança e canta bem, chegando mesmo a dançar tarrachinha com um fã do público, público que surpreendeu pela forma como cantavam e acompanhavam com palmas e com grande entusiasmo, até acontecer outro fenómeno.
Mal a cantora disse a meio de uma música .... então xau foi muito bom actuar em Luanda... foi a debandada geral, metade das pessoas encaminharam-se para a porta, será que fugiam de algo ou alguém. Nunca vi nada assim.
Como ela anunciou, lá acabou a musica e já só estavam metade das pessoas no estádio, dos poucos que ficaram só alguns pediam para ela voltar, 3 ou 4 minutos passados, lá apareceram novamente os músicos e iniciam a 2ª parte do show, desta vez para meia dúzia de gatos pingados, cantou mais 3 ou 4 músicas e acabou de vez.
Em Portugal o público fica até não poder mais, pedem sempre com insistência por mais tempo de espectáculo, mesmo em concertos que correram menos bem e/ou foram mais mornos.
Foi a primeira vez que assisti a um acontecimento destes com um desfecho deste género.

Lá acenderam as luzes, já com a nossa amiga entre nós, fomos para junto dos camarins limpar as sobras do camarim da Ivete. Penso que comi uma sandes de queijo que já tinha uma trinca dela...!

Devido ao cansaço, a equipa ficou partida ao meio e a minha amiga e um dos aviadores foram para casa, eu e o outro resistente fomos até há After Party Ivete no Chill Out, claramente um dos bares mais in da cidade.
Com as fitinhas de livre acesso no braço, lá passámos pela multidão de sempre que tentava entrar, deparámo-nos com casa cheia, com a agravante de que metade do espaço estava vedado, fomos encaminhados por um dos seguranças para esse reservado, só então demos conta que estava-mos na zona VIP, ou seja, consumo interminável e absolutamente grátis. Reservado esse, que também começou a encher e a ficar extremamente bem frequentado.
A Ivete não apareceu, mas parte da equipa marcou presença.
Acabou por ser uma noite bem engraçada que se arrastou até de madrugada.

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