sexta-feira, 27 de junho de 2008

Vai ter que ser, vou ter que picar o ponto.


Amanhã no Chill Out, Pete Tha Zouk.

http://www.chillout-luanda.com

+ Recordar é viver.


Duas semanas depois, aconteceria o inevitável e inesquecível evento. Fez de mim um homenzinho, agora tenho responsabilidades familiares.

Recordar é viver.



Onde é que eu andava no ano passado por esta altura? Lá no alto, mesmo nas alturas...!
Revoltei o baú e descobri as kodak's deste momento.

Obrigado amigos pela surpresa. (que de surpresa não teve nada, nem um segredo sabem guardar, não foi preciso chegar a Évora e ver a placa a dizer aeródromo, para saber o que ia fazer)

Ai de mim...!


Estou com uma bolha/telha/neura descomunal do tamanho do continente africano, por tudo e por nada, com razão e sem ela. Será do sol estar encoberto, porque os vizinhos fizeram barulho até tarde, do torcicólo no pescoço, de ser sexta-feira e de ter trabalhado a semana toda, das saudades...

Pá! não sei. Estou com a bolha e prontos!

Preciso de algum conforto, desabafo e compreensão. Como é óbvio, é entre amigos que se está bem, por isso vim aqui até ao nosso cantinho.

Abreijos e bom fim de semana

segunda-feira, 23 de junho de 2008

EU FUI!

Lá fui ver a bomba da Baía numa noite fria, posso mesmo dizer que fui de manga curta mas bati o dente, estava mesmo frio, confesso que quando entrei no carro liguei o aquecimento um pouquito no quente. (não sei se sou eu que me estou a tornar Angolano, por favor se me virem de kispo com 28º é porque sou um caso perdido)

Aconteceram vários fenómenos para variar:

O convite que eu tinha dizia Estádio dos Coqueiros, com esquema de bancadas, esquema de portas e entradas, os outdoors também, os cartazes também. Combinei com a pessoa que me ofereceu o convite encontrar-me à porta com ela, pois ela ia estar a trabalhar e a controlar os acessos no estádio. Saí de casa por volta das 20h, dei-lhe um toque a perguntar como estava tudo e se havia muita confusão, ela disse que estava tudo ok. Dirigi-me ao estádio que é perto de minha casa, havia pouco trânsito, estacionei pertinho da porta, estranhei, mas ok... fantástico!

Perguntei:

- Moço, pode dizer onde fica a porta 4, para entrar aí no concerto?

Ele respondeu.

- Xiiiii, éué!!! O concerto não é aqui não, é no Estádio da Cidadela...!

- Mas aqui no bilhete diz Coqueiros.

- Meu kamba não leu jornal, lá dizia que mudaram de sitio, xiiii? Vai ter que correr pra chegar a tempo!

- Obrigado kamba.

Lá fui eu, entrei no carro, dirigi-me há outra ponta da cidade, como é óbvio enfrentei o trânsito caótico como toda a gente que se dirigia para o mesmo sítio, mesmo assim, só demorei 40 minutos.
Cheguei, fila enorme para estacionar no parque, decidi deixar o carro cá fora. Entrei encontrei a minha conection, como não conhecia mais ninguém e como ela estava a trabalhar, entrou comigo e apresentou-me dois amigos que trabalham no sector da aviação e estavam cá de férias uma semanita.

Como não era bem o nosso género de música, estivemos por ali na relva mas um pouco mais afastados. A Ivete é sem dúvida uma excelente performer, para além de ser provocadora q.b., dança e canta bem, chegando mesmo a dançar tarrachinha com um fã do público, público que surpreendeu pela forma como cantavam e acompanhavam com palmas e com grande entusiasmo, até acontecer outro fenómeno.
Mal a cantora disse a meio de uma música .... então xau foi muito bom actuar em Luanda... foi a debandada geral, metade das pessoas encaminharam-se para a porta, será que fugiam de algo ou alguém. Nunca vi nada assim.
Como ela anunciou, lá acabou a musica e já só estavam metade das pessoas no estádio, dos poucos que ficaram só alguns pediam para ela voltar, 3 ou 4 minutos passados, lá apareceram novamente os músicos e iniciam a 2ª parte do show, desta vez para meia dúzia de gatos pingados, cantou mais 3 ou 4 músicas e acabou de vez.
Em Portugal o público fica até não poder mais, pedem sempre com insistência por mais tempo de espectáculo, mesmo em concertos que correram menos bem e/ou foram mais mornos.
Foi a primeira vez que assisti a um acontecimento destes com um desfecho deste género.

Lá acenderam as luzes, já com a nossa amiga entre nós, fomos para junto dos camarins limpar as sobras do camarim da Ivete. Penso que comi uma sandes de queijo que já tinha uma trinca dela...!

Devido ao cansaço, a equipa ficou partida ao meio e a minha amiga e um dos aviadores foram para casa, eu e o outro resistente fomos até há After Party Ivete no Chill Out, claramente um dos bares mais in da cidade.
Com as fitinhas de livre acesso no braço, lá passámos pela multidão de sempre que tentava entrar, deparámo-nos com casa cheia, com a agravante de que metade do espaço estava vedado, fomos encaminhados por um dos seguranças para esse reservado, só então demos conta que estava-mos na zona VIP, ou seja, consumo interminável e absolutamente grátis. Reservado esse, que também começou a encher e a ficar extremamente bem frequentado.
A Ivete não apareceu, mas parte da equipa marcou presença.
Acabou por ser uma noite bem engraçada que se arrastou até de madrugada.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

EU VOU! Se não for pela música é pelas coxas...


A cantora brasileira Ivete Sangalo, um dos símbolos da música baiana, realiza amanhã 21 de Junho, em Luanda, um espectáculo exclusivo no Estádio Municipal dos Coqueiros.
O espectáculo faz parte da digressão mundial da cantora.
O administrador da empresa que traz a cantora a Angola disse esperar por casa cheia, pois já foram vendidos 12 mil ingressos, dos 16 mil previstos para o espectáculo, que será assegurado por mil agentes da Policia e 60 seguranças privados que vão garantir a ordem no interior e exterior do Estádio.
"Luanda foi das três cidades escolhidas para a actuação internacional dela. Ela fez Lisboa, Rock in Rio, faz Luanda e vai fazer Madrid no próximo fim-de-semana, no primeiro Rock in Rio Madrid. É um orgulho muito grande ter entre nós a artista brasileira Ivete Sangalo."

Já tenho o meu convite... EU VOU!
Se não for pela música é pelas coxas...

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Portugal tem que ir Angolando...

Nesta quadra desportiva, acompanho há distância mas com emoção as conquistas "desse" pequeno país.
É certo que os noticiários aí "nesse" país são um verdadeiro enjoo, só bola e mais bola, greves, bloqueios e mais bloqueios.

Serve este post para dizer hás pessoas "desse" país, que não reclamem tanto, aqui também temos os nossos problemas e muitos deles são comuns.

Já se fala no aumento do preço dos combustíveis, actualmente a gasolina custa cerca 40 cêntimos e o gasóleo 29 cêntimos... não, não vou levar na mala uns bidons...!

Quanto ao apuramento da selecção de Angola para o CAN, depois de uma derrota com o Uganda, também não está com as contas muito fáceis.

Estão a ver, é preciso mais calma aí "nesse" país e deixar as coisas rolar ao jeito mais africano.

Ditado em Angola:

"Não há urgência em Angola, que não se resolva em 15 dias."

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Kodak's





Luanda - Dondo - Cassongue






Expedição Luanda - Cassongue

Grau de dificuldade: Médio
Km: 540
Partida: 05h00
Chegada: 13h00

Obs: Pontes sobre o Rio Kwanza, Rio Keve, Formações Rochosas, Zonas Agrícolas, Fazendas, Cassongue +- 1600mts de altitude.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Guinness Records





Aqueles que em jeito de brincadeira re-baptizaram Luanda com o nome de Nuanda, têm agora toda a razão. É que isto não anda mesmo!!!

Hoje para fazer uns míseros 4km demorei só 2 horas, a sério só pode ter sido recorde, digno de entrar lá no livrinho.

Diz-se que os grandes culpados de tamanha confusão no trânsito são os taxis, vulgo candongueiros, as autoridades de Luanda pretendem acabar com a circulação dos candongueiros no centro da cidade e trocá-los por uma frota de autocarros. Penso que será um duro golpe para todos os que, como eu, se habituaram a olhar aqueles populares taxis colectivos, cuja lotação vi tantas vezes ser esticada dos formais nove para mais de vinte passageiros, como um dos mais fortes e genuínos ícones desta terra.

Acredito que a retirada destas geralmente encarquilhadas carrinhas listadas de azul e branco, que se diz representarem 50% da frota automóvel local, venha a tornar a circulação no centro de Luanda bem mais fluente. Mas também, seguramente, muito mais chata.

Como vou conseguir viver aqui sem eles, sem essa contínua emoção de sinuosos desvios de rota, sem a surpresa da condução, dos cotovelos na janela do condutor e de cabeças a arejar em todas as outras janelas, o espectáculo dos coloridos bonés rasta e dos fumarentos roncos dos motores movidos a Kizomba e Kuduro.

Resta acrescentar que a Toyota Hiace é sem dúvida o melhor e mais resistente carro do mundo.

Como podem elas aguentar tanto?